A Quinta do Crasto, com origem conhecida no séc. XVII, tem possivelmente origem na idade média com a edificação de uma “casa sobradada”. A casa atual, construída parcialmente no Séc. XVII, pela família Castro e Ceia, tem datação no Portão de entrada de 1691 e teve como último residente desta família António Brandão de Castro, Cavaleiro da Ordem de Cristo (1789-1828). Foi, posteriormente ampliada no séc. XIX, no seu corpo principal, mais concretamente em 1885. A Capela com provisão de 1719, foi reabilitada no séc. XIX, após aquisição da Quinta, em 1884, pela família Teixeira Pinto, tem traça barroca e localiza-se na extrema da propriedade, juntamente com o Portão principal e um pequeno jardim que conforma o espaço principal de entrada na Quinta. O seu registo consta nas Memórias Paroquiais de 1758, sendo seu proprietário José de Castro.
Na Quinta, para além das tradicionais construções, como o Coberto, os Espigueiros e a Eira, existem ainda três Miliários Romanos designados por “Miliários da Quinta do Crasto” que integram a IV Via Militar Romana, também conhecida como XIX do Itinerário Antonino. Classificada como Monumento Nacional, em 1910, ligava Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augusta (Astorga). Na entrada da Quinta localiza-se o Miliário de Augusto, com datação provável situada entre o ano 11 e 12 (século I d.C.) e dentro o Miliário de Valentiniano I, a servir de esteio de ramada, com data provável entre 364 e 375 (século IV), o terceiro Miliário, sem epígrafe, falta-lhe a parte inferior.